quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pensei que era pra sempre...

Vezes vive, vezes morre
Ela sente um frio na espinha toda vezes que pensa nele.
Toda vez que toca algo; toda lembrança abstrata, objeto, foto...
Sente cada momento como único. Revive cada momento intenso que passou ao seu lado, como se o fosse agora.
Quase enlouquece! Parece que a razão sai para entrar o desespero. Mas volta em alguns momentos. Lúcida, chora. Em seu mundo perdido no tempo ela relembra cada momento que passaram juntos como um. Seu toque suave, sua pele quente, seu olhar penetrante, os beijos, que antes eram como mel, descia leve ao coração nutrindo o amor que sentiam um pelo outro, agora descem pela garganta arranhando e amargando, envenenando por dentro. Balança a cabeça como se com isso pudesse tirar a sensação ruim deixada pela aquela lembrança que se passou. Vezes anda pelo quarto como se quisesse fugir de algo que a seguisse. Procura coisas invisíveis deixadas no chão, talvez procurasse seu orgulho, talvez fosse isso que lhe faltara numa certa época, num certo lugar... incerto e inconstantes são os pensamentos! Vezes doe. Vezes sorri, mas todos trazem um pouco de saudade.
E aquele frio da espinha que vezes sobre, vezes desce... cobre seu corpo parecendo que irá implodir trazendo à tona todo sentimento escondido que ela tenta deixar lá... sem tocar, sem deixar que qualquer ser mortal veja, toque, sinta... Desfalece. Quase cai, mas encontra a cama que a sustem. Mas não alivia, nem desperta. Apena traz mais daquela sensação ruim que tenta toda vez abafar, como o grito de socorro que até agora não conseguiu soltar, esta preso a alma parecendo que qualquer movimento diferente ira arranca-la junto. Tentar aquietar-se um pouco. Tentar mudar o olhar, a direção de seus pensamentos, mas eles sempre a levam apenas a um lugar, ao mesmo lugar. E neste momento, começam a aparecer os primeiros traços da dor contida, da solidão guardada, do luto de um amor ainda não sepultado, que ainda esta lá... no chão. Estendido. Como se não fosse, como nada fosse, mais tudo era. Aí, cai a primeira lagrima, o primeiro soluço, a angustia que engasga e tropeça no choro abafado. E neste momento ela consegue sentir uma coisa... ela sente sua alma se desfazendo e se misturando a rio de sal que banha o rosto, o corpo, escapando entre os dedos que leva a ultima esperança... E isso sim, pode durar uma noite!?
Por: Laissa Moreno

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