Vivia como se fosse uma festa todos os dias.
Ao meu redor minha família, meus amigos, meu trabalho.
Como se estivesse num cruzeiro, com tudo o que precisava por perto. E tudo isso, no mar da vida, até que olhei pra baixo, contemplei o mar e ai, te vi.
Você estava lá e me chamava.
Parecia que você vivia feliz, e tudo aquilo me conquistava.
Foi aí que pulei.
Mergulhei de cabeça, na sua direção, abracei tudo o que e quem você era.
Pegou-me pela mão e foi me levando para o fundo.
Me entreguei por inteiro.
Mas, com o tempo, lá, percebi que não era meu mundo e isso me sufocou.
Tentei te dizer, mas você não me compreendia, você falava outra língua, aí... eu que não compreendia.
Achei uma concha e ali fui ficando até o dia em que você me esqueceu.
Fiquei quietinha por um tempo.
Era escuro e solitário, com muitos outros que também o eram...
Ainda espero, em minha concha, quando se lembrará do dia que me chamou (e porque fez isso) ou mesmo o dia em que serei resgatada... ou talvez seja lançada para uma outra vida, uma outra ilha uma outra concha!
Por Laissa mOreno
Por Laissa mOreno
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