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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

NEM TUDO É DEFINITIVO... NO SENTIDO DA PALAVRA

Hoje esta fazendo um mês que vi seu rosto pela última vez.
*
Foi também o dia em que senti pela primeira vez aquela sensação que... não sei ao certo.. mas se pudesse descreve, diria que parecia com um big bag, onde não se ouve barulho algum, vai de dentro para fora, e parece trazer um recomeço.
Um recomeço?
*
Bem, não foi o que realmente sentia naquele momento. Não havia nenhum recomeço as ser visto, nem próximo nem longe, nem no claro muito mesmo no escuro. Eu já não via mais nada. Eu só via um fim.
Trágico. Doloroso.
Vinha seguido de um desespero incomum.
Pensei mesmo que iria morrer.
Sabe aquelas histórias em que a pessoa conta que viu sua vida passar como um rolo de um filme... sentada e vendo seu próprio filme, a história de sua vida em detalhes.
*
Bem, eu não iria morrer e também não havia riscos de isso acontecer.
Mas, era aquele desespero incomum que foi me tomando e me fazendo aceitar os fatos e que por não ter mais volta da decisão que você estava tomando, pensei: “eu nunca mais seria feliz”.
Eu nunca mais vou ser feliz!”?
Como uma pessoa pode chegar a ter este tipo de pensamento?
Uma mãe quando perde um filho, o que ela pensa? Ou um filho que perde a mãe?
Bem, não é um sentimento explicável. É uma dor que ninguém quer passar, e que se passar, acha que nunca irá superar.
*
Acho que isso acontece quando colocamos nosso mundo no mundo de outro, e às vezes nem pedimos licença para isso, e vamos invadindo, como um grupo de sem terras, acabamos nos tornando um bando de sem coração. Às vezes por sermos altruísta, e dentro do mundo do outro, cuidamos mais de suas vidas do que das nossas próprias. Ou o contrário também poderá acontecer; sermos tão egoísta, invadimos o mundo do outro e achar que ele só poderá, ou, terá que girar somente ao nosso redor.
E aí, quando o outro muda o rumo.... “pasta”!
O seu mundo caí, e lá vai você recolher os pedaços.
*
E me recordo que neste mesmo dia eu implorei por teu amor teu carinho e tua atenção.
Achei que o que fizesse, seria como antes: briga, e volta.
Recordo-me, e muito bem, de que fazia de tudo, para continuar ao teu lado e não perder tudo que havíamos conquistado neste tempo loooooooongo e feliz.
Tá! Não estou incluindo os momentos críticos (não consigo lembrar deles agora e sair ilesa disso tudo)
Lembro que pedi pra pensar e pesar aquela decisão que me pareceu insensata e imatura. E depois de um tempo, egoísta e imperdoável. Pedi que voltasse no tempo se lembrasse de todos os momento que passamos juntos, os mais alegres, os mais recentes... mas pareciam ter sumido de sua memória, pareciam nunca ter existido. Nunca ter sentido.
Era como um pedra.
Perguntas sem respostas. E eu ainda continuei parada lá por um tempo.
Não. Meu corpo seguiu seu caminho.
Mas minha alma ainda ficou lá. Voltando a fita. Fitando cada detalhe. Cada expressão, pois talvez tivesse deixado escapar alguma coisa. Alguma palavra que não pudesse ter sido tida, ou que poderia de sido. Ter algum movimento que mudasse e marcasse aquele momento. Mas... nada.
Não encontrou nada.
Você não deixou nada.
Não permitiu que ficasse mais nada além das perguntas sem resposta.
Havia uma possibilidade de ter sido respondidas? Eu não sei.
Eu havia perdido minha alma em algum instante desta história, e tinha medo de reencontra-la.
*
Quando enfim pude respirar e sentir que meu coração ainda batia, percebi que nunca perderá minha alma, e sim a ignorei, rejeitando tudo que ela significava para mim; com toda a nossa história encrostada em sua superfície (solidão, rejeição, feridas abertas, os “por que?” e “eu poderia ter dito...” “ eu poderia ter feito...”) E eu tinha tudo, mas não tinha nada!
*
Em meu diário de bordo, eu descrevia as visitava que fazia a um pais sempre diferente; a cada fase eu ia do desespero ao ódio, da solidão a loucura, da felicidade a perdição.
Passei por um que nem imaginava existir: “seu desgraçado”
Mas foi uma rápida visita, pois havia um que ainda fiquei por um longo período até me restabelecer; esperança.
*
Se disser que não tive esperança, mentiria. E isso eu não faria nem neste momento mais sórdido de minha existência.
Esperei para ver seu rosto outro vez.
Ouvir-te dizer que sentiu minha falta e que sofreu tanto quanto eu. Que sentiu falta de ouvir meu coração bater e que o som de minha risada era como um sol em seus dias tristes. Que sentiu minha dor e ouviu meu pranto e que esperava fazê-lo parar.
Mas não aconteceu.
Havia uma possibilidade que eu não conhecia.
Havia uma possibilidade que não apareceria.
*
O meu choro parou. Minha alma cantou.
Tenho Comido “palhacitos” pela manhã para ter amino até o fim da tarde.
Às vezes pereço outro, as vezes nem pertenço a mim. Mas ainda é preciso. Pois aquele desespero incomum esta a espreita.
Tenho medo de nunca mais ser eu.
Mas pelo que sei, ninguém morreu disso.
E quem supera, esta BEM melhor do que antes.


By Laissa Moreno

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